terça-feira, 24 de julho de 2012

Etileno - O hormônio do amadurecimento!


Olá pessoal,

depois de falarmos da polinização, vamos aproveitar o embalo e falar um pouco do fitormônio etileno! (http://eusoumaisbio.blogspot.com.br/2011/08/depois-da-polinizacao-e-no.html).

Esse é um assunto interessante, pois, sendo o etileno um dos gases resultantes da combustão de vários materiais, torna-se multidisciplinar, podendo aparecer em questões de física, química e biologia. 

Durante o século XIX, o etileno era utilizado para a iluminação das ruas. Foi também observado que árvores em praças públicas próximas as lâmpadas de iluminação perdiam suas folhas de forma mais acentuada que as demais.  

O uso dele na agronomia vem ocorrendo desde os antigos egípcios, que utilizavam a fumaça de incenso para acelerar a maturação dos frutos. Sendo esse gás um dos produtos da combustão, outros povos também o utilizava para outros fins como o desfolhamento de árvores, acendendo fogueiras ao redor das plantações.

Esse fitormônio é produzido em quase todas as células, após a polinização e para maturação dos frutos, envolvido também em vários processos do crescimento vegetal. Sua produção é estimulada e regulada pelas auxinas (http://eusoumaisbio.blogspot.com.br/2011/08/auxinas-primeiro-fitormonio-descoberto.html). 

Fatores ambientais também interferem nessa produção: a luz inibe a síntese nas células fotossintéticas e o CO2 e o estresse (estresse hídrico, pragas, etc) promovem a síntese. Seu estado natural é o gasoso e por isso pode ser transportado por difusão até o local de ação.

Acredita-se que o etileno tenha ação sobre  o aumento do nível de RNAm elevando a concentração de enzimas especificas no tecido-alvo. Ele é geralmente usado na agricultura para:

*controle da floração, já que sua presença na maioria dos vegetais retarda esse processo;



*alongamento de caules e raízes, essencial para a sobrevivência de dicotiledôneas emergindo do solo, pois está envolvido com a “força” plumular na germinação;

*amadurecimento dos frutos, estimulando esse processo aumentando a taxa respiratória nos frutos chamados climatérios;



Na prática usa-se o carbureto como gerador de acetileno, para estimular o amadurecimento uniforme de vários tipos de frutos. Ao contrário, para retardar o amadurecimento de frutos, é comum a utilização de câmaras de armazenagem, nas quais seja possível reduzir a temperatura e a pressão, visando a remoção de etileno e de oxigênio. Já existem plantas transgênicas nas quais a síntese de etileno está bloqueada e cujos frutos apresentam retardo no amadurecimento. 




Outras utilidades desse fitormônio na agricultura envolvem: abscisão, senescência, estímulo de floração feminina, sistema de defesa da planta contra pragas, etc.

Lembrando que esse e os outros fitormônios são também utilizados na indústria, como na produção de perfumes e outros cosméticos, por exemplo.

por Ayling NG

FONTE:



segunda-feira, 2 de julho de 2012

Polinização: O segredo das Angiospermas


Ola garotos,

Na nossa última aula começamos a falar sobre o grupo das Angiospermas. A palavra angiosperma, do grego angos = urna e sperma = semente, remete a uma característica desse grupo que é ter a semente envolvida por uma “urna” que seria o fruto. Mas como discutido em sala, a principal característica das angiospermas é a presença das flores, onde nós encontramos as estruturas reprodutivas das plantas: o androceu (estrutura masculina) e o gineceu (estrutura feminina). Sabemos que as Briófitas e Pteridófitas são grupos de plantas que dependem da água para se reproduzir. Sabemos que já as Gimnospermas não dependem mais da água, mas o vento daria conta de entregar o gameta masculino (pólen alado) ao gameta feminino (óvulo). Então, como será que acontece a entrega do gameta masculino ao feminino nas Angiospermas? Será que essa característica das Gimnospermas foi mantida nas Angiospermas? Em parte sim!

Nas Angiospermas, essa entrega do pólen para o óvulo, que chamamos de Polinização pode ocorrer pelo vento como nas gramíneas, mas normalmente as Angiospermas possui organismos que colaboram com o processo de polinização: esses organismos são os Polinizadores. Os polinizadores geralmente são animais, como insetos, mamíferos e aves. Quem nunca viu uma abelha, uma borboleta ou um beija-flor indo de flor em flor? Pois bem, uma parte do que eles estão fazendo nesse processo de ir de flor em flor se chama polinização.


Gramínea




Polinização




Abelhas carregando pólen


Mas outra pergunta é importante. Porque esses animais fazem isso? Será que é porque eles são legais? A resposta é não! Na verdade esses animais vão à procura de recursos nas flores. Quem nunca ouviu falar em néctar? Pois então, os recursos que as angiospermas têm a oferecer nas flores são:

NÉCTAR (rico em carboidratos)
GRÃO DE PÓLEN
ÓLEOS



Nesse processo de coleta desses recursos oferecidos geralmente na flor, os animais se carregam de grão de pólen, acidentalmente, e acabam entregando os grãos de pólen na próxima coleta em outra flor. Geralmente, cada espécie de planta tem seu polinizador específico. Desse jeito, o grão de pólen não é entregue numa planta de outra espécie. O trabalho dos polinizadores é muito importante, pois sem a polinização, não haverá fecundação e nem a formação de frutos e sementes. Os frutos e sementes são a base da alimentação dos seres humanos.


Entenderam? Espero que sim! Qualquer dúvida, o EUSOUMAISBIO responde.

By Vinicius Ferreira

Referências:

LOPES, S.; ROSSO, S. Biologia, São Paulo: Saraiva, 2005. Volume Único.
http://www.infoescola.com/wp-content/uploads/2010/10/polinizacao.jpg