segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Evolução: o homem como um mero descendente animal!

Durante muito tempo a humanidade acreditou que o homem fosse um ser vivo “mais evoluído”. A Teoria da Evolução por meio da seleção natural proposta por Darwin colocou o evolucionismo como conceito central da biologia moderna.  Tanto os organismos vivos como os que Darwin encontrou fossilizados se originavam de um único ancestral comum e se transformavam ao longo do tempo... Não é lógico que um naturalista, refletindo sobre as afinidades mútuas dos seres orgânicos, suas relações embrionárias, sua distribuição geográfica, sucessão geológica e outros fatos similares, chegasse à conclusão de que cada espécie não fora criada independentemente, mas se originara... de outra espécie?
O grande diferencial de Darwin foi defender que as questões naturais devem ser compreendidas por meio de processos da natureza, dissociando o pensamento científico do religioso. Um passo e tanto. Assim, o homem deixou de ser visto como um animal especial e mais evoluído para ser encarado como mais um ramo da grande árvore da vida. "Somos todos seres aparentados e em evolução, e cada população apresenta as características necessárias para se adaptar às condições do ambiente", afirma Diogo Meyer, professor de Biociências da Universidade de São Paulo (USP).
Para entender a seleção natural, o exemplo clássico da girafa é útil: o pescoço da girafa não cresce pra que ela fique mais bem adaptada. Aquelas girafas com pescoços mais compridos sobreviverão e se reproduzirão, transmitindo essa característica para os descendentes. Sendo assim, depois de algumas gerações o número de girafas com pescoço comprido será muito maior!




Entendendo a seleção natural:



Outro exemplo interessante é dos elefantes. Darwin chegou à ideia de seleção natural ao refletir sobre a competição entre os animais. A capacidade elevada de reprodução do elefante - um filhote a cada dois ou três anos por até 50 anos - deixaria o mundo tomado pela espécie. Apesar do potencial, essa população não cresce descontroladamente. Por quê? Não há alimento suficiente para saciar todos. Tendo de competir entre si, só alguns sobrevivem e procriam. No entanto, isso não se dá por acaso. Saem-se melhor os que têm mais capacidade de obter recursos e esses são os que deixam mais filhos, que vão transmitir essa vantagem às futuras gerações.
Darwin se dispôs a responder a uma das questões que havia muito despertava a curiosidade de estudiosos: qual a origem da vida, do homem e da natureza? Semelhante a uma bactéria, esse primeiro ser vivo sofreu modificações até gerar toda a variedade de animais e plantas do planeta, seguindo um padrão evolutivo (que permanece ativo). Com base em três conceitos - diversidade, tempo geológico e seleção natural -, Darwin conseguiu provar que as populações de seres vivos estão em constante transformação.
Ao defender a grandeza de sua teoria em A Origem das Espécies, ele resumiu: "De um início tão simples, infinitas formas, as mais belas e mais maravilhosas, evoluíram e continuam evoluindo". Pensamos então, que “evoluído” é aquele ser vivo adaptado ao ambiente, que sobrevive nele conseguindo se reproduzir, não necessariamente sendo mais complexo que um ou outro ser vivo, afinal de contas organismos aparentemente muito simples podem nos surpreender muito.



por Ayling Ng

Adaptado de: http://revistaescola.abril.com.br/ciencias/fundamentos/evolucao-ideia-revolucionou-sentido-vida-432110.shtml

Fontes:
scienceblogs.com.br
tvescola.mec.gov.br