sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Era uma vez a vida...

Em tempos de fim de mundo, vamos falar não sobre teorias do apocalipse, mas sim relembrar histórias do início da vida.

Nos primórdios da vida, Deus criou Adão, o fez com barro e caprichou! Depois de todo o trabalho, arrancou-lhe uma de suas costelas, coitado, para criar Eva. Então ela mordeu... OPS! NÃO! Essa não é a origem da vida que vão lhe questionar na prova de biologia! Aqui, começamos a nossa história assim:

Há milhões e milhões de anos atrás, as pessoas acreditavam que toda a vida era obra de uma entidade, como um deus superpoderoso que soprava a vida nos seres. A ideia do CRIACIONISMO, que afirmava que os seres vivos só existiam a partir de uma intervenção divina, acalentou durante muito tempo os corações aflitos dos que buscavam uma resposta para o surgimento da vida. Entretanto, algum tempo depois, a teoria do criacionismo, amplamente mantida pela igreja, já não supria as indagações emergentes e ideias alternativas surgiram baseadas na observação de fenômenos naturais, tanto quanto permitiam os conhecimentos dos intelectuais da época. Ainda sob domínio religioso, uma ideia que ficou popular foi a de geração espontânea. Aristóteles elaborou a teoria conhecida como ABIOGÊNESE, uma nova e revolucionária teoria que prometia responder todas as questões. Só que não! Para a abiogênese, a vida seria resultado da ação de um princípio ativo sobre a matéria inanimada para torná-la animada, aquela velha história da camisa suja com um suco nutritivo que gerava ratos adultos, impossível de acontecer, mas era o que permitia o conhecimento da época. Não parecia mais uma releitura do criacionismo, onde se trocou o “sopro de vida” pelo “princípio ativo”? Não se sabe, suposições à parte, o que se sabe é que a ideia de geração espontânea perdurou até a era moderna e ganhou nova força com a invenção do microscópio, pois só ela parecia explicar a vida de microrganismos invisíveis a olho nu. Os famosos Needham e Spallanzani reavivaram a discussão, mas não chegaram a um consenso. Pasteur, definitivamente, pôs abaixo a ideia de geração espontânea. Com o experimento dos frascos com pescoços curvados, ele concluiu que todos os microrganismos se formavam a partir de qualquer tipo de molécula transportada pelo ar. Não havendo esse contato, seria impossível o surgimento de vida, pois a vida sempre devia surgir de outra vida preexistente, teoria conhecida como BIOGÊNESE.


Bom, mas se uma vida só surge de outra preexistente, como surgiu a primeira forma de vida? 

As conclusões de Pasteur quando associadas às ideias de Darwin fizeram emergir uma nova perspectiva de surgimento de vida na Terra sem ter que recorrer a eventos sobrenaturais(criacionismo) ou extraterrestres (teoria Cosmozóica).
A origem por evolução química é a mais aceita pela comunidade científica. Essa teoria propõe que a vida surgiu a partir do arranjo entre moléculas mais simples, aliadas a condições ambientais peculiares, formando moléculas cada vez mais complexas, até o surgimento de estruturas dotadas de metabolismo e capazes de se autoduplicar, dando origem aos primeiros seres vivos. Oparin, Haldane e Miller são os precursores dessa hipótese.

Já discutimos em outro momento as hipóteses autotrófica e heterotrófica de surgimento da vida na Terra, veja em:

Uffaaa, nesse momento, entender tudo o que é teoria e hipótese é mais importante para você, vestibulando ou futuro vestibulando, do que pensar em quais delas acreditar.  Não nos cabe aqui dizer o que é verdadeiro ou falso, e ainda falta muito que falar sobre isso, inclusive de novas teorias, mas se continuarmos com esse papo de Adão, Eva e coacervados não vai dar tempo de aproveitar o restinho do mundo, já que dizem que o fim do mundo tem data e hora marcada e está próximo.

Abç.
por Ayling Ng

Fontes:
www.brasilescola.com
www.sobiologia.com.br

www.usp.br/cbm/expovida/
www.bbc.co.uk/portuguese/ciencia/021204_marmtc.shtml


sábado, 17 de novembro de 2012

Eutrofização: Porque o Dique do Tororó se vestiu de Brasil bem antes da copa do mundo de 2014?





Olá meninos,

Quanto tempo né? A vida anda muito corrida, mas hoje nós vamos abordar um assunto relacionado com o que temos falado na sala que é Ecologia. Como já discutimos em sala, os ecossistemas são formados pelo conjunto de comunidades (diversas populações) que estão em constante interação e pelos componentes abióticos desse ambiente (água, temperatura, solo, umidade, etc). Vamos utilizar o exemplo do dique do tororó. O dique do tororó é uma lagoa que fica localizada na região central da cidade de Salvador. A lagoa constitui um ecossistema abrigando diversas populações de organismos vivos, como peixes, sapos, aves, insetos, plantas, algas, microalgas entre muitos outros. Esses seres vivos então em relação uns com os outros e com o meio ambiente que está representado pela água, pelo solo, pelo clima da região do dique, pelo pH da água, pelos nutrientes e etc. Tudo isso forma o Ecossistema do dique do tororó, e esse ecossistema esteve em equilíbrio até a interferência do homem nele.

Como o dique do tororó perdeu seu equilíbrio ambiental? Como podemos dizer isso? Todo mundo é testemunha da cor esverdeada da água do dique e da morte de peixes dentro dele. Mas quem viveu muito tempo próximo ao dique sabe que nem sempre a cor da água foi assim. Acontece que o dique passou por um fenômeno de desequilíbrio ecológico chamado de eutrofização. O que é isso?

Eutrofização é um fenômeno causado pelo excesso de nutrientes (compostos químicos ricos em fósforo ou nitrogênio) numa massa de água, provocando um aumento excessivo de algas. No caso do dique meninos, a condição é histórica. Durante muito tempo o dique recebeu dejetos das casas ao seu redor. Esses dejetos são ricos em nutrientes que ajudam as algas a se multiplicarem. Além disso, a reforma promovida no dique com a criação de um jardim na margem e conseqüentemente o uso de adubos para o estabelecimento do jardim, aumentou a oferta de nutrientes nas águas. A alta proliferação das algas faz com que a luz do sol penetre pouco nas partes mais profundas do dique, impedindo a fotossíntese. Já estudamos que um dos produtos da fotossíntese é o oxigênio. Sem oxigênio, os organismos que vivem nas partes mais profundas não conseguem sobreviver (por isso que os peixes morreram!), acabam morrendo, gerando mais nutrientes disponíveis para proliferação das algas. É um fenômeno que se auto alimenta, e é necessária intervenção para controlar.

Espero ter sido claro,

Por Vinicius Costa

Referências
http://www.seagri.ba.gov.br/noticias.asp?qact=view&notid=13453
http://pt.wikipedia.org/wiki/Ecossistema
http://www.portalseer.ufba.br/index.php/cadgeoc/article/viewFile/5545/4039
http://img60.imageshack.us/img60/2438/244313197efcfb77c1o4wt.jpg
http://www.brasilescola.com/biologia/eutrofizacao.htm

terça-feira, 9 de outubro de 2012

Osmose: Porque a água trabalha, mas não recebe salário?


Ola meninos,

Tivemos uma discussão séria em sala sobre a água e seu movimento de entrada e saída na célula. Sabemos que para a célula é muito importante manter a entrada e saída de água equilibrada, pois água demais ou de menos não faz bem para a célula. A água se movimenta através da membrana plasmática ou por poros protéicos num fenômeno chamado de OSMOSE. Vamos fazer uma analogia legal para entendermos como a osmose funciona.



Todo mundo já ouviu falar de Êxodo Rural? Não? Pois bem, o êxodo rural é um termo utilizado para designar o fenômeno no qual as pessoas abandonam o campo pela cidade, em busca de melhores condições de vida, de trabalho e etc. Isso não significa que o campo seja um local improdutivo e de condições de vida ruim, mas em algumas situações ele pode se tornar. Mas a questão toda é pessoas saindo do campo em direção aos centros urbanos em busca de TRABALHO.



Falamos em sala sobre as propriedades da água. A água é uma molécula polar! Por ser polar, ela é capaz de interagir com outras moléculas polares, ou seja, moléculas que possuem carga. A capacidade da água de interagir com essas moléculas polares nós chamaremos de Capacidade de Trabalho.

Imaginemos agora que a água são os retirantes do êxodo rural. Como no fenômeno de êxodo rural aonde as pessoas vão para os centros urbanos em busca de TRABALHO, a água sempre vai para onde existe trabalho para ela realizar, ou seja, para onde existem moléculas (soluto) com os quais a água poderá interagir.

Se temos duas soluções com de mesma quantidade, mas quantidades de solutos diferentes, e essas soluções estão em contato através de uma membrana, como a membrana plasmática, a água irá se movimentar da solução que possui menos soluto para a que possui mais soluto porque onde tem mais soluto, tem mais trabalho para a água fazer.


Ou seja, na solução com menos soluto a água possui maior Capacidade de Trabalho por estar desocupada enquanto que na solução onde tem muito soluto a água tem menor Capacidade de Trabalho por estar ocupada. Dessa forma a água desocupada irá em busca de ocupação, por isso a água migra da solução menos concentrada para mais concentrada em solutos.

Isso é osmose, e isso acontece da mesma forma quando temos uma célula imersa numa solução com maior ou menor concentração de soluto que ela: Se a concentração da solução for maior que dentro da célula, a água irá de dentro da célula para fora onde está a solução. Se a concentração da solução for menor que dentro da célula, a água irá da solução que está do lado de fora para dentro da célula, e isso pode ter diversas implicações.


Lembrem-se: a água vai para onde tem TRABALHO. A água não nega trabalho, apesar de não receber salário.

Até a próxima.

Por Vinicius Ferreira

Referências:

TAIZ, L.; ZEIGER, E. Fisiologia vegetal. 3ed. Porto Alegre: Artmed, 2004.

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Evolução: o homem como um mero descendente animal!

Durante muito tempo a humanidade acreditou que o homem fosse um ser vivo “mais evoluído”. A Teoria da Evolução por meio da seleção natural proposta por Darwin colocou o evolucionismo como conceito central da biologia moderna.  Tanto os organismos vivos como os que Darwin encontrou fossilizados se originavam de um único ancestral comum e se transformavam ao longo do tempo... Não é lógico que um naturalista, refletindo sobre as afinidades mútuas dos seres orgânicos, suas relações embrionárias, sua distribuição geográfica, sucessão geológica e outros fatos similares, chegasse à conclusão de que cada espécie não fora criada independentemente, mas se originara... de outra espécie?
O grande diferencial de Darwin foi defender que as questões naturais devem ser compreendidas por meio de processos da natureza, dissociando o pensamento científico do religioso. Um passo e tanto. Assim, o homem deixou de ser visto como um animal especial e mais evoluído para ser encarado como mais um ramo da grande árvore da vida. "Somos todos seres aparentados e em evolução, e cada população apresenta as características necessárias para se adaptar às condições do ambiente", afirma Diogo Meyer, professor de Biociências da Universidade de São Paulo (USP).
Para entender a seleção natural, o exemplo clássico da girafa é útil: o pescoço da girafa não cresce pra que ela fique mais bem adaptada. Aquelas girafas com pescoços mais compridos sobreviverão e se reproduzirão, transmitindo essa característica para os descendentes. Sendo assim, depois de algumas gerações o número de girafas com pescoço comprido será muito maior!




Entendendo a seleção natural:



Outro exemplo interessante é dos elefantes. Darwin chegou à ideia de seleção natural ao refletir sobre a competição entre os animais. A capacidade elevada de reprodução do elefante - um filhote a cada dois ou três anos por até 50 anos - deixaria o mundo tomado pela espécie. Apesar do potencial, essa população não cresce descontroladamente. Por quê? Não há alimento suficiente para saciar todos. Tendo de competir entre si, só alguns sobrevivem e procriam. No entanto, isso não se dá por acaso. Saem-se melhor os que têm mais capacidade de obter recursos e esses são os que deixam mais filhos, que vão transmitir essa vantagem às futuras gerações.
Darwin se dispôs a responder a uma das questões que havia muito despertava a curiosidade de estudiosos: qual a origem da vida, do homem e da natureza? Semelhante a uma bactéria, esse primeiro ser vivo sofreu modificações até gerar toda a variedade de animais e plantas do planeta, seguindo um padrão evolutivo (que permanece ativo). Com base em três conceitos - diversidade, tempo geológico e seleção natural -, Darwin conseguiu provar que as populações de seres vivos estão em constante transformação.
Ao defender a grandeza de sua teoria em A Origem das Espécies, ele resumiu: "De um início tão simples, infinitas formas, as mais belas e mais maravilhosas, evoluíram e continuam evoluindo". Pensamos então, que “evoluído” é aquele ser vivo adaptado ao ambiente, que sobrevive nele conseguindo se reproduzir, não necessariamente sendo mais complexo que um ou outro ser vivo, afinal de contas organismos aparentemente muito simples podem nos surpreender muito.



por Ayling Ng

Adaptado de: http://revistaescola.abril.com.br/ciencias/fundamentos/evolucao-ideia-revolucionou-sentido-vida-432110.shtml

Fontes:
scienceblogs.com.br
tvescola.mec.gov.br

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Da fermentação à respiração: como os primeiros seres vivos obtinham energia?


Todos os seres vivos precisam de energia para sobreviver. Essa energia é obtida através dos processos metabólicos, que modificam substâncias possibilitando que cada parte do organismo realize suas funções.  Com tantas opções de vias metabólicas, como os primeiros seres vivos obtinham seu suprimento energético?

Ainda não se sabe ao certo como surgiram os primeiros organismos vivos do planeta, mas duas hipóteses são muito bem explicadas e plausíveis. Entenda cada uma delas:

Hipótese Heterotrófica

 Na Terra primitiva, os primeiros organismos eram estruturalmente simples, sem a incrível capacidade de produzir seu próprio alimento. Eles viviam em um ambiente aquático, rico em substâncias nutritivas, provavelmente sem oxigênio na atmosfera, nem dissolvido na água dos mares. Nessas condições, os seres vivos retiravam energia dos alimentos por um processo simples, semelhante à fermentação.





Esses organismos heterótrofos começaram a se reproduzir. A abundância deles reduziu o alimento disponível, o que provavelmente deve ter provocado uma intensa competição. Acredita-se que esse fenômeno, juntamente com o acúmulo de CO2 na atmosfera, propiciou um cenário ideal para o sucesso dos primeiros organismos autótrofos (fotossintetizantes), que utilizaram a energia solar, a água e o gás carbônico para a produção de energia. Com o surgimento dessa nova via metabólica, O2 foi liberado na atmosfera criando um ambiente favorável à sobrevivência e reprodução dos heterótrofos respiradores.




Hipótese Autotrófica


A gente sempre imagina que a evolução caminha de acordo com a complexidade. Mas nem sempre é assim! A hipótese autotrófica, mais aceita atualmente, defende a ideia de que os primeiros seres vivos seriam autótrofos, ou seja, capazes de fabricar seu próprio alimento.

Quando o planeta Terra estava em formação, meteoritos colidiam fortemente com a sua superfície. Alguns pesquisadores acreditam que não seria possível sobreviver a esse bombardeio cósmico e que essa Terra bombardeada não teria alimento suficiente para sustentar o aumento populacional até o aparecimento dos fotossintetizantes. Muito provavelmente, a vida deve ter surgido no fundo dos mares primitivos com seres autótrofos com produção energética era bem diferente da fotossíntese atual, tendo reagentes formados provavelmente por ferro e enxofre, que eram muito abundantes na Terra primitiva.


sulfeto de ferro + gás sulfídrico à dissulfeto de ferro + hidrogênio + energia
Equação: FeS + H2S à FeS2 + H2 + Energia


Para reforçar essa teoria, cientistas descobriram um grupo de bactérias com características muito primitivas, que obtêm energia de um modo muito semelhante com o que foi descrito acima. Essas bactérias são chamadas de quimiolitoautotróficas e vivem próximas à vulcões e em fontes de água quente, situação muito parecida com as condições da Terra primitiva.


por Ayling Ng

Fonte:

AMABIS, José Mariano. Biologia. Volume 1. Editora Moderna.
infoescola.com
oceanografia.ufba.br
sobiologia.com.br



sábado, 4 de agosto de 2012

Fotossíntese e Respiração Celular: Mecanismos semelhantes, funções distintas.


Ola garotos,

Vimos em sala que a fotossíntese é um processo muito importante para a manutenção da vida na terra. Esse processo ocorre principalmente nas folhas, em uma organela da célula vegetal chamada de cloroplasto. Vimos também que ela ocorre especificamente na membrana tilacóide do cloroplasto onde há uma série de complexos protéicos que estão envolvidos na capitação e transformação da energia vinda da luz solar em uma energia potencial pela formação de um gradiente de prótons e formação de moléculas redutoras. Elétrons que são energizados pela luz são transportados através desses complexos protéicos e induzem a formação do gradiente de prótons falado acima. Esse gradiente de prótons formado resultará na formação de ATP devido a passagem desses prótons por uma proteína também presente na membrana tilacóide chamada de ATP sintetase.




A questão é a seguinte. Se observarmos com mais calma veremos uma coisa interessante. A cadeira transportadora de elétrons na fotossíntese é muito parecida com a cadeia transportadora de eletros que ocorre na respiração celular. Enquanto a fotossíntese ocorre no cloroplasto, a respiração celular ocorre na mitocôndria. Se compararmos essas duas organelas celulares veremos que elas possuem muitas coisas em comum.



Cloroplasto



Mitocôndria


Os mecanismos de produção de ATP são os mesmos: a formação de um gradiente eletroquímico para o acúmulo de uma energia potencial e a transformação dessa energia potencial em energia química. A diferença básica é a inversão da formação gradiente de prótons: enquanto no cloroplastos esse gradiente é formando dentro do espaço tilacóde, na mitocôndria ele é formado no espaço intermembranas.


Fotossíntese



Respiração Celular


Isso nos sugere, falando em evolução, que esses processos tiveram uma origem comum, em um organismo comum e com o decorrer do tempo a evolução deu funções distintas para esse processo. Essas observações levaram a formação da Teoria da Endossimbiose dessas organelas: Mitocôndrias e Cloroplastos. Vocês poderiam dar uma olhada nesse assunto.

Sobre fotossíntese, vejam o vídeos abaixo.




Espero ter sido claro,

 por Vinicius Ferreira

Fonte:

LOPES, S.; ROSSO, S. Biologia, São Paulo: Saraiva, 2005. Volume Único.
RAVEN, H.P.; EVERT, R.F.; EICHHORN, S.E. 1996. Biologia Vegetal. 5 ed. Rio de Janeiro, Ed. Guanabara Koogan.






terça-feira, 24 de julho de 2012

Etileno - O hormônio do amadurecimento!


Olá pessoal,

depois de falarmos da polinização, vamos aproveitar o embalo e falar um pouco do fitormônio etileno! (http://eusoumaisbio.blogspot.com.br/2011/08/depois-da-polinizacao-e-no.html).

Esse é um assunto interessante, pois, sendo o etileno um dos gases resultantes da combustão de vários materiais, torna-se multidisciplinar, podendo aparecer em questões de física, química e biologia. 

Durante o século XIX, o etileno era utilizado para a iluminação das ruas. Foi também observado que árvores em praças públicas próximas as lâmpadas de iluminação perdiam suas folhas de forma mais acentuada que as demais.  

O uso dele na agronomia vem ocorrendo desde os antigos egípcios, que utilizavam a fumaça de incenso para acelerar a maturação dos frutos. Sendo esse gás um dos produtos da combustão, outros povos também o utilizava para outros fins como o desfolhamento de árvores, acendendo fogueiras ao redor das plantações.

Esse fitormônio é produzido em quase todas as células, após a polinização e para maturação dos frutos, envolvido também em vários processos do crescimento vegetal. Sua produção é estimulada e regulada pelas auxinas (http://eusoumaisbio.blogspot.com.br/2011/08/auxinas-primeiro-fitormonio-descoberto.html). 

Fatores ambientais também interferem nessa produção: a luz inibe a síntese nas células fotossintéticas e o CO2 e o estresse (estresse hídrico, pragas, etc) promovem a síntese. Seu estado natural é o gasoso e por isso pode ser transportado por difusão até o local de ação.

Acredita-se que o etileno tenha ação sobre  o aumento do nível de RNAm elevando a concentração de enzimas especificas no tecido-alvo. Ele é geralmente usado na agricultura para:

*controle da floração, já que sua presença na maioria dos vegetais retarda esse processo;



*alongamento de caules e raízes, essencial para a sobrevivência de dicotiledôneas emergindo do solo, pois está envolvido com a “força” plumular na germinação;

*amadurecimento dos frutos, estimulando esse processo aumentando a taxa respiratória nos frutos chamados climatérios;



Na prática usa-se o carbureto como gerador de acetileno, para estimular o amadurecimento uniforme de vários tipos de frutos. Ao contrário, para retardar o amadurecimento de frutos, é comum a utilização de câmaras de armazenagem, nas quais seja possível reduzir a temperatura e a pressão, visando a remoção de etileno e de oxigênio. Já existem plantas transgênicas nas quais a síntese de etileno está bloqueada e cujos frutos apresentam retardo no amadurecimento. 




Outras utilidades desse fitormônio na agricultura envolvem: abscisão, senescência, estímulo de floração feminina, sistema de defesa da planta contra pragas, etc.

Lembrando que esse e os outros fitormônios são também utilizados na indústria, como na produção de perfumes e outros cosméticos, por exemplo.

por Ayling NG

FONTE:



segunda-feira, 2 de julho de 2012

Polinização: O segredo das Angiospermas


Ola garotos,

Na nossa última aula começamos a falar sobre o grupo das Angiospermas. A palavra angiosperma, do grego angos = urna e sperma = semente, remete a uma característica desse grupo que é ter a semente envolvida por uma “urna” que seria o fruto. Mas como discutido em sala, a principal característica das angiospermas é a presença das flores, onde nós encontramos as estruturas reprodutivas das plantas: o androceu (estrutura masculina) e o gineceu (estrutura feminina). Sabemos que as Briófitas e Pteridófitas são grupos de plantas que dependem da água para se reproduzir. Sabemos que já as Gimnospermas não dependem mais da água, mas o vento daria conta de entregar o gameta masculino (pólen alado) ao gameta feminino (óvulo). Então, como será que acontece a entrega do gameta masculino ao feminino nas Angiospermas? Será que essa característica das Gimnospermas foi mantida nas Angiospermas? Em parte sim!

Nas Angiospermas, essa entrega do pólen para o óvulo, que chamamos de Polinização pode ocorrer pelo vento como nas gramíneas, mas normalmente as Angiospermas possui organismos que colaboram com o processo de polinização: esses organismos são os Polinizadores. Os polinizadores geralmente são animais, como insetos, mamíferos e aves. Quem nunca viu uma abelha, uma borboleta ou um beija-flor indo de flor em flor? Pois bem, uma parte do que eles estão fazendo nesse processo de ir de flor em flor se chama polinização.


Gramínea




Polinização




Abelhas carregando pólen


Mas outra pergunta é importante. Porque esses animais fazem isso? Será que é porque eles são legais? A resposta é não! Na verdade esses animais vão à procura de recursos nas flores. Quem nunca ouviu falar em néctar? Pois então, os recursos que as angiospermas têm a oferecer nas flores são:

NÉCTAR (rico em carboidratos)
GRÃO DE PÓLEN
ÓLEOS



Nesse processo de coleta desses recursos oferecidos geralmente na flor, os animais se carregam de grão de pólen, acidentalmente, e acabam entregando os grãos de pólen na próxima coleta em outra flor. Geralmente, cada espécie de planta tem seu polinizador específico. Desse jeito, o grão de pólen não é entregue numa planta de outra espécie. O trabalho dos polinizadores é muito importante, pois sem a polinização, não haverá fecundação e nem a formação de frutos e sementes. Os frutos e sementes são a base da alimentação dos seres humanos.


Entenderam? Espero que sim! Qualquer dúvida, o EUSOUMAISBIO responde.

By Vinicius Ferreira

Referências:

LOPES, S.; ROSSO, S. Biologia, São Paulo: Saraiva, 2005. Volume Único.
http://www.infoescola.com/wp-content/uploads/2010/10/polinizacao.jpg

quarta-feira, 20 de junho de 2012

A Árvore da Vida

Oi pessoal,

Em minhas viagens por links na internet eu descobri um site muito legal que se chama The Open University. Na verdade se trata de um site de educação a distância no qual se pode fazer Cursos de Graduação e Pós Graduação. Eu não sei dizer se os cursos são gratuitos.



Trata-se a Árvore da Vida (Tree of Life) onde podemos ver os principais grupos de organismos vivos e suas relações evolutivas com outros grupos. Apesar de estar em inglês o aplicativo é muito simples de usar. Acessem!

Em breve próximo post.

por Vinicius Ferreira