sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Tipos Celulares. Um, dois ou três?


Oi meninos,

Estamos trabalhando célula. Antes de entrarmos no assunto dessa postagem, gostaria de esclarecer algo para vocês. Falamos de célula e do que ela representa, mas como será a estrutura de uma célula? Isso depende do tipo de célula. Vamos à uma analogia simples, sabemos o que é uma casa, mas se eu perguntar a vocês:

- Qual a estrutura de uma casa?
Vocês me responderão:
- Depende da casa!!

Ou melhor, do tipo da casa!!! Isso também acontece com as células. Mas se eu perguntar:

- O que uma casa tem que ter no mínimo pra ser uma casa?

Vocês me dirão uma série de características básicas como paredes, teto, piso no chão, mas que podem variar de uma pessoa pra outra. Bem, isso não importa agora! A célula possui 4 características universais, ou seja, presente em todas as células. São elas:

- Membrana Plasmática
- Citoplasma
- Material genético
- Ribossomos

 A essas características são acrescentadas outras, e daí teremos os tipos de células. Por exemplo, à uma mansão ( que é um tipo de casa) acrescentamos uma piscina, uma varanda grande, um salão de jogos e etc. Assim, a um determinado tipo de célula, acrescentaremos outras estruturas.

Então, pelo visto, hoje vamos falar dos tipos celulares. Quantos devem ser? 1, 2, 3? Imaginem que em um único organismo podem existir diversos tipos de células. Agora imagine isso em todos os organismos que existem na terra? São inúmeros tipos celulares, e é verdade.

As células se especializam para exercer certos tipos de funções dentro de um organismo, outras células não se especializam, podendo transformar-se em qualquer tipo celular quando necessário, a essas células chamamos de células totipotentes ou células tronco.

Mas quando eu falo de tipos celulares em toda a história da vida, desde quando ela surgiu até hoje, podemos falar de dois modelos de células: A célula procariótica e a célula eucariótica.  Vamos começar pela que surgiu primeiro.

Célula Procariótica

Acredita-se hoje que os primeiros organismos a surgir no planeta terras eram células procarióticas ( pro = primitivo, karyon = núcleo). Basicamente as células procarióticas não possuem núclelo. As características das células procarióticas são as seguintes:

1 – Não possuem núcleo (Material genético envolto por membrana)
2 – Não possuem sistema de endomembranas
3 – São pequenas (relativamente)


Célula Eucariótica

As células eucarióticas (eu = verdadeiro, kryon = núcleo) surgiram depois, mas acredita-se que elas descendem de células procarióticas que desenvolveram as seguintes características:

1 – Núcleo (Material genético envolto por membrana)
2 – Sistema de endomembranas
3 – São bem maiores (relativamente)

Além disso, as células eucarióticas apresentam outras estruturas que não estão presentes em procariotos. A vida então fica dividida a nível celular basicamente nesses dois grupos: Procariotos e Eucariotos.


Árvore da vida

Espero que tenham gostado,

Até a próxima.

por Vinicius Costa

Referências:
AMABIS, M.;  MARTHO, G. R. Biologia das Células. São Paulo: Moderna, 2004. Volume 1.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Procarionte Acessado em 21/10/2011

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Introdução a Citologia e um pouco de história!


Olá meninos,

Hoje vamos começar nossos estudos Citologia do Módulo II. Para começar, vamos definir nosso objeto de estudo. Afinal, o que é citologia?

A própria palavra carrega o conceito. Citologia é a princípio o estudo da célula, mas hoje, com a quantidade de descobertas sobre a célula, nós também estudamos diversas outras coisas dentro da citologia que se relacionam com a célula.

A célula é considerada a unidade morfofisiológica e reprodutiva de todo e qualquer ser vivo. Mas o que é morfofisiológica? Calma, calma, é muito simples!

Morfofisiológica é a fusão de duas outras palavras: Morfológica e fisiológica. A célula é considerada a unidade morfológica de todo ser vivo, porque todos os seres vivos que conhecemos (com exceção do vírus) têm a célula como unidade básica e funcional de seu corpo. Por exemplo, a unidade básica de um colar de pérolas é a pérola. Assim, a unidade básica de um ser vivo é a célula. Fisiológica porque todas as reações químicas e todos os fenômenos físicos que ocorrem nos seres vivos ocorrem dentro das células, ou por meio delas e  reprodutiva, porque todos os seres vivos dependem da célula para reproduzir.



Sabemos e estamos cansados de saber que a célula foi descoberta em 1665 pelo inglês Robert Hook e bla, bla bla... Mas ignoramos algumas coisas com relação a essas informações, por que a célula foi descoberta? Isso é muito mais interessante de saber...

Se procurarmos compreender o contexto histórico no qual a célula foi descoberta, perceberemos que este fato culminou de muitos outros, ou seja, uma série de fatos levou a descoberta da célula.
1665, século XVII. No século anterior, ou seja, século XVI, um movimento cultural, chamado de Renascimento Cultural, dominou a Europa. Esse movimento possui características importantes para a ciência como:

1. A substituição do Teocentrismo pelo Antropocentrismo, ou seja, o homem passa a ser o principal personagem de sua história, ao invés de Deus (Humanismo);
2. A inteligência, a razão, a natureza e a experimentação passam ser muito valorizadas nessa sociedade.
3. Valorização da cultura greco-romana (acredite, muito da maneira como pensamos tem influência dessa cultura)



Nesse contexto, podemos dizer que houve um maior interesse dos homens pelas descobertas. Aliado a isso, no final do século XVI surge outro movimento chamado de Revolução Científica que deu um sentido mais prático e estruturado à Ciência.

Tudo isso levou indiretamente o desenvolvimento de uma ferramenta muito importante para a citologia: O microscópio. Sem o microscópio seria impossível estudar a célula e é graças a ele sabemos diversas coisas sobre citologia, mas algo interessante sobre o microscópio é o seguinte: A princípio ele não foi desenvolvido para ver células e sim como brinquedo para visualização de pequenos objetos. Como o passar do tempo ele tomou essa utilidade na ciência.


Bom ou não? Gostaram????

Até a próxima então,


Por Vinicius Costa

Referências:
AMABIS, M.;  MARTHO, G. R. Biologia das Células. São Paulo: Moderna, 2004. Volume 1.

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Evolução em ritmo aceleraaaado!

Pesquisadores do mundo animal têm chamado atenção para um fenômeno curioso: há cada vez mais elefantes, principalmente na Ásia, que nascem sem as presas de marfim características dos machos da espécie. Calcula-se que, há poucas décadas, 3% dos elefantes asiáticos machos nasciam sem presas – hoje, a cifra em alguns grupos chega a 10%.



A ação predadora dos caçadores, que, em busca do valioso marfim, só abatem os elefantes com presas, faz com que cada vez mais elefantes sem presas se encarreguem da reprodução da espécie, transmitindo a seus filhotes o grupo específico de genes responsável por essa ausência. É uma verdadeira evolução natural!
Você também sempre achou que as alterações significativas em animais ou vegetais levavam milênios ou milhões de anos para se concretizar? "Ora, vejam só!" Há algum tempo os biólogos sabem que a evolução pode ocorrer rapidamente. Além do caso dos marfins dos elefantes, vemos essa seleção também nos peixes. O pescador só pesca os peixes grandes, teoricamente para permitir que os juvenis cresçam e se reproduzam, mas os peixes de pequeno porte também sobrevivem e acabam por multiplicar sua população. Outro conhecido caso é o das superbactérias ilustrado em posts anteriores, em questão de anos, elas são capazes de desenvolver resistência aos antibióticos.
O que tem espantado os cientistas é que essa evolução a jato, antes restrita a casos pontuais, está ocorrendo na natureza com uma freqüência impressionante, em centenas de espécies – quase sempre se enxerga nelas a mão do homem!!!

Fonte:
Revista VEJA (08/2005)
Figuras:
animais.com.sapo.pt
trilhadailha.com.br
planetaselvagem.com.br
jornaldeangola.sapo.ao

por Ayling Ng